Ainda tá em mim um pouco disso, desse costume de não ter roteiro, de acreditar magicamente no acaso. Esse maldito costume de realismo de saber e acreditar que as coisas não ficarão bem, como todo mundo fala ou até mesmo esse costume que a gente pensa que tem quando acha que o mundo todo é uma grande besteira.
Estou mal acostumadas a olhar para mim e ver o quanto de você ainda resta aqui, nesse quarto, nesse guarda roupa. Éramos tão odiosas, lembra? Eu tenho saudade da gente tomar café da manhã e você correr pra escovar os dentes primeiro e de no finalzinho tomar tudo bem rápido só pra não tirar a mesa.
Essas coisas parecem tão, tão clichês. Como se todo mundo no mundo tivesse tido uma irmã irmãzonha que tenha ido embora pra viver um amorzão. Pode ser mero sentimentalismo barato de quem não tem mais. Ou pode ser um gosto doce na boca, e agora uma boca com bigode de Toddy, não de Nescau.