Everybody's Gotta Learn Sometimes

-E se existisse a tal clínica? É, aquela que você junta todas as coisas dela, põe num saco, e eles a apagam de você. Sim, apagam. E se existisse? Você também a apagaria?
-Acho que eu já me apaguei primeiro, e antes que eu vá pensar em tirá-la da minha vida, ah, seria perder a mim mesma.

A contrução que fazemos de nós com os outros as vezes me dá até ância, nossa, como conseguimos nos esquecer como parte e acreditar que sempre se pode e sempre se é um corpo fundido, um sentimento agregado. Eu sou um indivíduo também.
Si, eu sou assim. E eu me perdi pra te encontrar, e agora eu não sei se gosto daquilo que encontrei.

Vou me valer da ciêcia do mundo...

Acho que já faz bem mais de um ano.
Um dia você acorda, vai pra aula e descobre que decidiram não chamar mais Plutão de um planeta. Com que autoridade fizeram isso? Como se a galáxia fosse uma propriedade privada que alguém pudesse nomear as coisas, classificar, tirar, pôr, emprestar. enfim!
È estranho pensar nessa ciência "astuta"que pra tudo arranja nomes, cores, definições, cálculos... É como um dia acordar e receber um comunicado : "Olá. Você não é mais classificado como você mesma. Descobrimos e levantamos dados de que a muitos seres do seu mesmo tamanho [até maiores] com as mesmas características. Portanto, achamos que você deve ser classificado junto com os outros seres e ceder seu vulgo atual para uma descoberta futura. Agradecemos a compreenção, tenha um bom dia."
Quem dera que fosse só um devaneio, e que Plutão fosse o único caso conhecido deste tipo de classificação cientifica.

É tão engraçado como as circunstâncias nos arrastam para os cantos, e quando eu menos quero, lá está você, sendo engolida pelo mesmo buraco.

A flor e a náusea.

Com quantos anos a gente começa a não ver mais graças nas coisas? [Pergunta ilustre da Amanda...]
Quantos minutos teremos que consumir pra ver alguém bom ir embora?
Quantas vidas teremos de viver a fim de subestimar tempo e espaço?
How many special people change?


Well....
[...]

"Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens macias avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio."
O Drummond que disse isso aí.

Sem surpresas, por favor.

Sem dúvida, uma das minhas canções prediletas.
Não queria uma surpresa. É surpreendente ver aquele olhinho grande e castanho, olhando pra mim, fixado no meu braço, aquele abraço que era totalmente meu, o ar compartilhado e o sorriso nos meus poros.
É muito estranho a relação que todos temos com as coisas belas que se passaram, que fluiram junto com o resto de matéria que vaga pelo grande Universo. Tudo que eu queria não era vocÊ chegar de surpresa, me encontrar puxar minha mochila pra que eu não me perdesse mais. VocÊ já é a surpresa. Você existe, aqui e agora! Dentro ou fora de mim. E não pense que eu escrevo isso com mágua, com rancor, não, eu não tenho a mínima idéia porque diabos comecei esse texto, não sei porque eu escrevo, sério, eu sei que você não vai ler. E mesmo se lesse, não daria importância. Nós, seres humanos, principalmente os que acreditam que o ar entra em todos os poros do corpo, damos importância a estas surpresas que muitos acham tolos, damos importância a drogas de resenhas mal escritas como esta. Mas não sei dizer se a (a)normalidade do real acho isso de veras relevante a vida crível que nos ronda.
Eu sei. Você vai dizer "Ah Jô, passa."
É. Eu não queria te ver passar. Mas você tá assim. Passando.
Essas coisas doem.
Escrevê-las com sinceridade, dóem duplamente.


"...Olha eu não posso perder você como quem perde um real e não nota, não vê."

Vídeo aos navegantes.
http://www.youtube.com/watch?v=qqsyXdj_p_I

Poema pra quando não ficou nada.

E quando fica nada.
E quando não se lembra mais?
Me diz qual a graça de se pensar num futuro...
Quando nem se lembra de mais nada que ficou.
Nem esperança de algo bom pra escrever e se sentir suficientemente quente.

Poema para o que ficou.

E não acabou a fumaça, e não acabou o sorriso.
O acorde em bemol ficou lá no fundo, vazio, sem harmonia.
E nem a gente restou,
ficou só um resto,
meio reles, meio água.
Um resto do seu sorriso no meu braço,
minha voz passeando na sua pele
e o nosso sono colorindo uma noite outonal.

Sobre mensagens e instantâneas

Texto um tanto quanto velho, mas achei-o perdido aqui.
Está aí de novo!
[veja, quando a pessoa é chata adora mostrar o mesmo texto várias vezes......]




Uma das coisas que mais me admira na internet são as mensagens instantâneas, de vulgo MSN. É tudo tão prático nesse programa! Você vira psicologo virtual, fica sabendo de coisas que ninguém sabia, conhece seres de outro planeta, enfim. Mas o que mais me deixa surpresa é a capacidade de criação das pessoas que inventaram os "Emotions". O que é aquilo? Um novo código? Existe manual? Como conversar com este dispositivo? Me recordo dos meus primeiros textos escolares... Havia uma frase, e uns desenhos, para simbolizar o objeto ali descrito. Era lindo. Até porque eu conseguia entender o que estava escrito. Mas, os emotions são a minha tristeza... nunca compreendo... São muitos! Serão a sucessão das palavras ki xao iskritax axim?
O pior é quando você tem um assunto realmente importante e sério pra converar com alguém(que por acaso é usuário desse código morse). Você está com pressa... E a figurinha geralmente demora a abrir... e espera.... espera... e a coisinha não abre! Até que cai a conexão! É desesperador, pois no lugar da figurinha, aparece um "X"!!!Ou seja, além de ter perdido a conexão, você continua sem entender o que está escrito! Minutos depois você retorna. Aclama ao ser que estava teclando, e pede humildemente para que repita a última frase que estava na tela, no instante em que você ficou off."Ah, sabe o que é? Você ficou off e eu fechei a janela!"Tudo bem, querido amigo emotion, mande de novo..."Ah, eu iskexi o ki eu ia dizer."

Me diz: Vale a pena?

Há dias que você tá tão vazia.
Ah, há dias que somos tão vazios, tão ridículos que eu não sei o que é pior. Você ou meu café gelado.

Manisfestações sindicalistas

Não venha me falar que o trabalhador tem que ler mais, que as pessoas são burras e egocêntricas. Acima de tudo são seres humanos como nós, as mesmas veias, a mesma carne, o mesmo sangue vermelho latino americano.
Não temos um mundo justo suficiente para proporcionar ARTE E CULTURA para todas as pessoas, arte é tão linda, mas infelizmente eu tenho que trabalhar no dia seguinte, eu tenho que fechar o livro do Gorki e ir dormir porque eu acordo cedo, e depois tenho que ficar 6h initerruptas atendendo pessoas que eu não conheço e que tampouco me conhecem.
O mundo business é isso.
TRabalhe.
Gaste.
Não economize.
Seduza-se.
Preserve seus valores mais imundos e moralistas.
Fodam-se os outros, você é belo, usa camisas caras e já foi à Europa.
Fale muito, fale coisas difíceis. Aliás, voc6e não faz parte da massa, você ouve Chopin pela manhã e assiste Tele Cine cult quando chega entediado do seu trabalho.
por fim feche-se na sua bolha indiepseudocultural e tente se sentir bem no meio de todas as suas prateleiras fedorentas num domingo de manhã.

É, já que a amanda me "amaldiçoou" vou ter que portar. Só que desta vez, acho que nenhum coelho virá me acertar com um tiro na testa, na hora que eu estiver com os olhos fechados, lavando os cabelos no banho.[rsrsrsr] Enfim!



Cinco coisas que quero fazer antes de morrer?
01) Ver o Iggy Pop de perto.
02) Aprender a tocar todas as minhas músicas preferidas.
03) Tirar foto de um daguerreótipo.
04) Ir pra Holanda e usar tudo que eu tenho direito!
05) Colocar todos os pingos nos is que eu não coloquei num certo assunto aí.


Cinco coisas que eu faço bem?
01) Dormir.
02) Comer.
03) Equilibrar moedas.
04) Mímicas.
05) Enrolar pessoas ao telefone.


Cinco coisas que eu mais digo?
01) “Ahhhh não, olha pra minha cara!”.
02) “Já era da partida?”, frase universal utilizada para os momentos de ir e me despedir de você
03) "A bichisse ta no sangue."
04) "A vida não é justa, não é?!.”
05) “A telefonica agradesce o contato e deseja uma boa tarde”


Cinco coisas que eu não faço ou não goste de fazer?
01) Ir ao médico.
02) Dar satisfações.
03) Levar coisas ao conserto, departamento de troca entre outros.
04) Fazer coco fora da minha casa.
05) Comer em lugares porcos nojentos e estranhos que ponham minha saúde lixenta em risco[nossa, que péssima].


Cinco coisas que me encantam?
01) Lego.
02) Bata frita com rostinho.
03) Músicas com arranjos bem feitos e com harmônicos.
04) Cinema.
05) Os amigos especiais que eu tao pouco tempo se tornaram os maiores.


Cinco coisas que eu odeio?
01) Odores fedoráticos alheios.
02) Pés.
03) Pessoas malvadas e ignorantes.
04) Machismo.
05) Toda e qualquer religião.


Cinco pessoas para responder isto?
01) Cadeira.
02) Violina.
03) Caixa de chá

Faltou o 4 e o 5.
Ah, fuck!

Poema receita para um mundo muito justo.

Compre os amigos no supermercado.
Embale sua religião num pacotinho.
Deposite sua alegria numa caixa de doações.
Faça uploads das suas refeições.
Grave seus melhores arrortos.
Digite seus piores pensamentos.
Machuque corações.
Seja intolerante.
Beba uísque sem gelo.
E fume quando tiver fome.

O tempo em tabletes já foi tão mastigado.
Está tão rançoso.
Dá nojo de pensar que medimos o tempo com números despedaçados. Númros velhos, que contam as frações de nossas inquietações ilusórias.
Números que ensinam apenas a desaprender o que já nascemos sabendo.

Porque pré fabricado?

Não sei. As coisas estão de tamanhos diferentes e modos generalizados. Não há mais como guarda-las numa bolsa. A bolsa também precisa descansar, eu preciso descansar.
O projeto pré fabricado nasceu assim.
E por que "Pré fabricado"?
Bom, mesmo que a bolsa esteja velha, surrada, pedindo um descanso maior... Ela ainda guarda boas produções, que não deveriam ir para o córrego virtual. Por isso, algumas delas estão aqui. Tão e somente num novo lugar, ode possam se sentir livres, não dentro de um objeto, prendendo as suas vontades.


Jô.

Porque pré fabricado?