quinta-feira, novembro 19, 2009

No seu coração o meu amor é maior.

Não gosto da pieguisse do "quando eu te encontrei", ou daquela que diz que no meio de tanta gente eu te encontrei. Confesso que já fui assim.
Mas sei lá. Não é nada disso. Não é força cósmica nenhuma que nos atrai. Não é força do acaso nem ironia do destino. Poderia falar de Deus? Ah, deus também não é, nós duas não nos preocupamos nem com uma formiga, então seria blasfêmia dizer que recebemos uma certa ajuda divina.
Também não é karma, nem dharma, nem nada disso.
É só amor. Eu te amo porque te amo, sabe? Embora pior que todos esses citados, Rubem Alves uma vez contou que é como o ipê: floresce porque floresce.
E já passado mais de um ano, mesmo com as nossas brigas tolas, você é a primeira pessoa que eu penso quando acordo e a última antes de dormir.
Te amo, Aline.


Eles sabem porqu'eu amo seus lábios, lavam os meus e se calam num beijo.

sexta-feira, julho 03, 2009

MJ´s.

Não é meu, mas é o pronunciamento mais coeso que eu li sobre o falado Jackson. Aliás, encerrou o "Provocações" de hoje (03/07), com a declamação do meu querido Abujamra.

Enjoy:



Michael “Neverland” Jackson

Michael Jackson era negro e queria ser branco (com sua cota ancestral de dor negra)

O que o vitimizou – como um estigma

Michael Jackson era pobre e queria ser rico (de posses infantis e desejos transversais)

O que o desconfigurou como um estorvo

Michael Jackson era homem e queria ser mulher (de alguma maneira que pudesse)

O que o adulterou - Narciso cego, Édipo manco

Michael Jackson queria ser judeu (mas era um Peter-Pan enjaulado em cantagonias)

O que o marcou como ser na identificação de.

Michael Jackson como um não-Ser num não-lugar

Cantava dançava compunha dirigia criava voava

Um quase preto homem-menina com desvios íntimos

Com fox-trot nos pés e nos quadris portentosos

E uma alma sempre criança mal-amadurecida

Na ultrajada inocência para fins midiáticos e lucrativos

Fugiu-se na música – as ousadas canções

Tinha ritmo frenético – em viagens sonoras

Sobreviveu feito ermitão – urbano entre brinquedos

O pop do alto ao chão – paranóia na vida-livro

Muito além dos píncaros da glória efêmera...

Agora não tem cor – Não há cor na morte

Agora não tem posses – Nada levamos daqui

Agora não tem sexo – A terra há de comer

Agora não tem vitiligo: pergunte ao pó

Para ter sua tão sonhada Neverland

Assim na terra como no céu em purgações

Cortaria os próprios pulsos com música

Melodia, harmonia, ritmo em vício-clip

Sem saber que do outro lado da vida-hollywood-presley

Não há hormônios - nem cirurgias

Não há espelhos – nem camarins

Talvez nalgum lugar entre o céu e o inferno da terra-mãe

Ele encontre finalmente paz – mas uma paz não humana

E então não tenha mais vergonha da cor

Não tenha nunca mais vergonha do rosto

Não tenha vergonha da origem ou do sexo

Porque seu espírito atribulado finalmente se refrigerará

Em estúdios muito além de suas tantas realidades paralelas

E dentro da morte – muito além do som do silêncio –

Ele novamente ensaiará os primeiros passos de si mesmo

Como num “Thriller”.




Silas Correa Leite – Santa Itararé das Letras, São Paulo, Brasil

E-mail: poesilas@terra.com.br

Blogue premiado do uol: www.portas-lapsos.zip.net

Autor de “O Homem Que Virou Cerveja”,

Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio,

Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia, 2009, Giz Editorial, no prelo

sexta-feira, abril 10, 2009

lembra dos teus amigos hoje, e como eles são. lembra da tua vida hoje, no que ela se tornou. e deixa essa nostalgia pro vinho.





isso é do Rafael Garcia, meu amigo precioso.