segunda-feira, maio 26, 2008

segunda feira triste.

Será que tudo mesmo nessa vida é ou tem que ser efêmero?
Fico imaginando qual o sentido, qual a sensação das pessoas que passam alguns instantes conosco e depois desaparecem. Como uma Supernova, sabe? Ela explode, agrega todas as partículas e depois emana uma das luzes mais brilhantes do universo. Depois, da mesma forma que ela surgiu, explodiu, ela desaparece.
É meio que aquela coisa "How does it feel to treat me like you do?", mixada com "Why can't we be ourselves like we were yesterday...".
Eu não sei o que, quem você ou como despencou na minha vida de repente. Eu só sei que tenho que lutar para que esse brilho, essa luz mais forte não desapareça, como uma supernova no céu.
Acho que estou amando.

sábado, maio 24, 2008

Poética

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionario publico com livro de ponto expediente
[protocolo e manifestacoes de apreco ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que para e vai averiguar no dicionario
[o cunho vernaculo de um vocabulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras, sobretudo os barbarismos universais
Todas as construcoes, sobretudo as sintaxes de excecao
Todos os ritmos, sobretudo os inumeraveis

Estou farto do lirismo namorador
Politico
Raquitico
Sifilitico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto nao e'lirismo
Sera'contabilidade tabela de cosenos secretario do amante exemplar
[com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de
[agradar 'as mulheres etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bebados
O lirismo dificil e pungente dos bebados
O lirismo dos clowns de Shakespeare

- Nao quero mais saber do lirismo que nao é libertação.